A URBANIZAÇÃO NEOLIBERAL EM TERRITÓRIOS AMEAÇADOS NO ÂMBITO DO EMBATE ENTRE DIFERENTES RACIONALIDADES DE PRODUÇÃO DE AMBIENTES URBANOS
Resumo
Em Recife, os territórios vividos resistem contra a especulação imobiliária cujos interesses fizeram parte preponderante da formação da cidade. O objetivo deste artigo é destacar a ameaça dos imperativos da urbanização neoliberal em territórios vividos no contexto de embates entre diferentes racionalidades referentes ao processo de construção de ambientes urbanos. O que se justifica pela necessidade de contribuir para o reforço da luta social pelo direito à cidade. Partindo da experiência de resistência do território Coque, identificou-se o retorno célere da postura urbanística higienista em Recife, contribuindo para a discussão sobre o atual processo de urbanização capitalista que tem ameaçado territórios historicamente conquistados pelas populações pobres. Como procedimentos metodológicos, utilizou-se da abordagem relacional mediante a qual a interdisciplinaridade é considerada como caminho fundamental à apreensão e explicação da complexidade do processo de urbanização capitalista. Finalmente, como considerações finais, destacou-se a força da urbanização higienista gentrificadora no âmbito dos embates entre os interesses especulativos e os da realização plena da vida humana na cidade. Se por um lado, a Prefeitura do Recife, em razão das pressões sociais dos moradores, concedeu o status de Zeis ao seu território; por outro, este espaço foi, progressivamente, perdendo áreas para instituições vinculadas aos interesses especuladores.
Palavras-chave
Territórios vividos. Mercado imobiliário. Coque.
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ISSN 1809-239X