GESTÃO DO CONHECIMENTO EM ACELERADORAS DE STARTUPS: ESTUDO DE PROCESSOS, PRÁTICAS E FERRAMENTAS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO UTILIZADAS NO BRASIL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.54399/rbgdr.v18i3.5646

Palavras-chave:

Knowledge management. Knowledge managementprocess. Knowledge management practices. Startup.

Resumo

Uma das formas de agilizar a geração e a promoção de inovações se dá por meio de aceleradoras de startups. Nesses programas, as aceleradoras de startups utilizam suas próprias metodologias para fornecer às startups o conhecimento necessário para tornar o negócio escalável. O objetivo desta pesquisa é identificar e caracterizar os principais processos, práticas e ferramentas de Tecnologia da Informação (TI) utilizados na gestão do conhecimento de aceleradoras de startups em operação no Brasil. Para tanto, foi executada pesquisa exploratória-qualitativa que utilizou estudos de caso múltiplos junto a cinco aceleradoras de startups. Entrevista semiestruturada e roteiro para análise documental de registros públicos foram adotados como instrumentos de pesquisa junto aos proprietários e gerentes das aceleradoras analisadas. Os principais processos e práticas utilizados pelas aceleradoras analisadas foram: espaços e eventos dedicados à socialização do conhecimento, mapeamento do conhecimento, desenvolvimento de ações de mentoria, disponibilidade de treinamento presencial com instrutores e portal corporativo. As principais ferramentas de TI identificadas nas aceleradoras pesquisadass foram: grupos de WhatsApp, reuniões virtuais e conferências, telefone celular, telefonia VOIP, extranets, redes sociais e computação em nuvem. Verificou-se que as práticas e ferramentas de TI voltadas à gestão do conhecimento são usadas, em maior ou menor grau, nas aceleradoras de startups pesquisadas. Entretanto, as aceleradoras analisadas utilizam esses recursos isoladamente, quase que desconectados uns dos outros, o que implica em informações e conhecimentos que correm o risco de ficarem isolados e sem compartilhamento com outros profissionais envolvidos na organização.
Palavras-

Biografia do Autor

Célia Hatsumi Aihara, Universidade Nove de Julho

Doutoranda em Informática e Gestão do Conhecimento na Universidade Nove de Julho.

Marcos Antonio Gaspar, Universidade Nove de Julho

Doutor em Administração pela USP, docente permanente e pesquisador do Programa de Pós-graduação em Informática e Gestão do Conhecimento da Universidade Nove de Julho.

Fellipe Silva Martins, Universidade Nove de Julho

Doutor em Administração pela Uninove, docente permanente e pesquisador do Programa de Pós-graduação em Informática e Gestão do Conhecimento da Universidade Nove de Julho.

Anapatrí­cia Morales Vilha, Universidade Federal do ABC (UFABC)

Doutora em Polí­tica Cientí­fica e Tecnológica pela UNICAMP, docente dos Programas de Pós Graduação de Economia e de Biotecnociência da Universidade Federal do ABC (UFABC)

Referências

ABREU, P.; CAMPOS, N. O panorama das aceleradoras de startups no Brasil. San Francisco: Createspace independent publishing platform, 2016. Disponí­vel em: <http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/18853>. Acesso em 13 mar. 2019.

ABSTARTUPS - Associação Brasileira de Startups. Aceleradora de startups: o que é e para que serve? São Paulo: Abstartups, 2017. Disponí­vel em: <https://abstartups.com.br/2017/04/06/aceleradora-de-startups-o-que-e-e-para-que-serve/>. Acesso em 05 jan. 2019.

Alavi, M.; DENFORD, J. S. Knowledge management: Process, practice, and web 2.0. In: EASTERBY-SMITH, M.; LYLES, M. A. 2 ed. Handbook of organizational learning and knowledge management. London: John Wiley & Sons, 2011, p. 105-124.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.

Bratianu, C. Organizational knowledge dynamics: managing knowledge creation, acquisition, sharing, and transformation. New York: IGI Global, 2015.

CALHOUN, M.; STARBUCK, W. H.; ABRAHAMSON, E. Fads, fashions and the fluidity of knowledge: Peter Senge's' the learning organization'. In: EASTERBY-SMITH, M.; LYLES, M. A. Handbook of organizational learning and knowledge management. 2 ed. London: John Wiley & Sons, 2011, P. 225-248.

CHATTERJEE, S. Managing constraints and removing obstacles to knowledge management. IUP Journal of Knowledge Management, v. XII, n. 4, p. 24-38, 2014.

CHESBROUGH, H.; WEIBLEN, T. Engaging with startups to enhance corporate innovation. California Management Review, Berkeley, v. 57, n. 2, p. 66-90, 2015.

COHEN, S.; HOCHBERG, Y. V. Accelerating startups: the seed accelerator phenomenon. SSRN Journal, p. 1-16, mar. 2014. Disponí­vel em: <https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=2418000>. Acesso em: 12 dez. 2018.

COHEN, S.; FEHDER, D.C.; HOCHBERG, Y. V.; MURRAY, F. The design of startup accelerators. Research Policy, v. 48, p. 1781-179, 2019.

COSTA, L. S.; MARTINS, D. A. Utilização das redes sociais virtuais no processo de gestão do conhecimento: aplicações e práticas no campo das organizações. In: SEMEAD - Seminários em Administração, XX, São Paulo, 2017. Anais... São Paulo: USP, 2017, p. 1-17.

CUPIAL, M.; SZELAG-SIKORA, A.; SIKORA, J.; RORAT, J.; NIEMIEC, M. Information technology tools in corporate knowledge management. Economia I Prawo Economics and Law, v. 18, n. 1, p. 5-15, 2018.

DALKIR, K. Knowledge management in theory and practice. 3 ed. Massachussets: MIT Presse, 2017.

DAVENPORT, T. H.; PRUSAK, L. Conhecimento empresarial: como as organizações gerenciam o seu capital intelectual. Rio de Janeiro: Campus, 1998.

DENZIN, N. K.; LINCOLN, Y. S. Handbook of qualitative research. 5 ed. Los Angeles: Sage, 2018.

DRUCKER, P. Innovation and entrepreneurship. New York: Harper Collins, 1993.

FERRARIS, A.; SANTORO, G.; DEZI, L. How MNC's subsidiaries may improve their innovative performance? The role of external sources and knowledge management capabilities. Journal of Knowledge Management, v. 21, n. 3, p. 540-52, 2017.

FLOR, C. S.; SANTOS, G. S. P.; ZANINI, M. C.; EHLERS, A. C. S. T.; TEIXEIRA, C. S. As aceleradoras brasileiras: levantamento para identificação do foco, atuação e distribuição territorial. In: CONFERÊNCIA ANPROTEC, 26ª, Fortaleza, 2016. Anais... Brasí­lia: ANPROTEC, 2016, p. 1-17.

GASPAR, M. A.; SANTOS, S. A.; DONAIRE, D.; KUNIYOSHI, M. S.; PREARO, L. C. Gestão do conhecimento em empresas atuantes na indústria de software no Brasil: um estudo das práticas e ferramentas utilizadas.Inf. & Soc., v. 26, n. 1, p. 151-166, 2016.

GIUDICE, M. D.; PERUTA, M. R. D. The impact of IT-based knowledge management systems on internal venturing and innovation: a structural equation modeling approach to corporate performance. Journal of Knowledge Management, v. 20, n. 3, p. 484-498, 2016.

HALLEN, B. L.; BINGHAM, C. B.; COHEN, S. L. Do accelerators accelerate? If so, how? The impact of intensive learning from others on new venture development. SSRN Electronic Journal, p. 1-59, jan. 2016.

HOCHBERG, Y. V. Accelerating entrepreneurs and ecosystems: The seed accelerator model. Innovation Policy and the Economy, Chicago, v. 16, n. 1, p. 25-51, 2016.

INKINEN, H.; KIANTO, A.; VANHALA, M. Knowledge management practices and innovation performance in Finland. Baltic Journal of Management, v. 10, n. 4, p. 432-55, oct. 2015.

INKINEN, H. Review of empirical research on knowledge management practices and firm performance. Journal of Knowledge Management, Kempston, v. 20, n. 2, p. 230-257, 2016.

KIANTO, A.; RITALA, P.; SPENDER, J. C.; VANHALA, M. The interaction of intellectual capital assets and knowledge management practices in organizational value creation. Journal of Intellectual Capital, v. 15, n. 3, p. 362-.375, jul. 2014.

KIANTO, A.; SHUJAHAT, M.; HUSSAIN, S.; NAWAZ, F.; ALI, M. (2018). The impact of knowledge management on knowledge worker productivity. Baltic Journal of Management, v. 14, n. 2, p. 178-197, Apr. 2018.

KUMAR, R. Research methodology: a step-by-step guide for beginners. 4 ed. London: Sage, 2014.

KURTZ, D. J. Fluxo de conhecimento interorganizacional: aspectos relacionados à cadeia suiní­cola brasileira. 193 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia e Gestão do Conhecimento). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2011.

LIEBOWITZ, J. Beyond knowledge management. Boca Raton: CRC Press, 2011.

LOPES, C. M.; SCAVARDA, A.; HOFMEISTER, L. F.; THOME, A. M. T.; VACCARO, G. L. R. An analysis of the interplay between organizational sustainability, knowledge management, and open innovation. Journal of Cleaner Production, v. 142, p. 476-488, 2016.

MARCONI, M. A. Técnicas de pesquisa. 8 ed. São Paulo: Atlas, 2017.

MATOS, F. Qual a região campeã em densidade de startups no Brasil? Você vai se surpreender. São Paulo: OESP, 30 out. 2017. Disponí­vel em: <http://link.estadao.com.br/blogs/felipe-matos/qual-a-regiao-campea-em-densidade-de-startups-no-brasil-voce-vai-se-surpreender/>. Acesso em: 12 dez. 2018.

MILLER, P.; BOUND, K. The startup factories: The rise of accelerator programmes to support new technology ventures. London: Nesta, 2011.

NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. Criação de conhecimento na empresa: Como as empresas japonesas geram a dinâmica da inovação. Rio de Janeiro: Elsevier, 1995.

PAUWELS, C.; CLARYSSE, B.; WRIGHT, M.; VAN HOVE, J.. Understanding a new generation incubation model: The accelerator. Technovation, Londres, v. 50, p. 13-24, abr.-maio, 2016.

SABBAG, P. Y. Espirais do conhecimento: ativando indiví­duos, grupos e organizações. São Paulo: Saraiva, 2007.

SANTOS, D. B. G. O conhecimento e a pesquisa nas nuvens: uma pesquisa social sobre a aplicação das práticas de gestão do conhecimento associadas as tecnologias de computação em nuvem nos ambientes de pesquisa. Tese (Doutorado em Engenharia). Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016.

SANTORO, G.; THRASSOU, A.; BRESCIANI, S.; GIUDICE, M. D. Do knowledge management and dynamic capabilities affect ambidextrous entrepreneurial intensity and firms' performance? IEEE Transactions on Engineering Management, p. 1-9, 2019.

SCUOTTO, V.; GIUDICE, M. D.; BRESCIANI, S.; MEISSNER, D. Knowledge-driven preferences in informal inbound open innovation modes. An explorative view on small to medium enterprises. Journal of Knowledge Management, v. 21, n. 3, p. 640-55, may 2017.

SORAKRAIKITIKUL, M.; SIENGTHAI, S. Organizational learning culture and workplace spirituality: Is knowledge-sharing behavior a missing link? The Learning Organization, v. 21, n. 3, p. 175-192, 2014.

SOTO-ACOSTA, P.; CEGARRA-NAVARRO, J. G. New ICTs for knowledge management in organizations. Journal of Knowledge Management, v. 20, n. 3, p. 417-422, 2018.

TERRA, J. C.; ALMEIDA, C. Gestão do conhecimento e inteligência competitiva: duas faces da mesma moeda. São Paulo: Terra Fórum Associados, 2010.

TIDD J.; BESSANT J. Gestão da inovação. 5 ed. Porto Alegre: Bookman, 2015.

VERA, D.; CROSSAN, M.; APAYDIN, M. A framework for integrating organizational learning, knowledge, capabilities, and absorptive capacity. In: EASTERBY-SMITH, M.; LYLES, M. A. Handbook of organizational learning and knowledge management. 2 ed. Londres: John Wiley & Sons, 2011, p. 153-80.

VILHA, A. M. Práticas de gestão de inovação tecnológica: proposição de um modelo para pequenas e médias empresas brasileiras. Revista Gestão & Conexões, v. 2, p. 116, 2013.

VILHA, A. M. Ambientes empreendedores e o papel dos NITs. Inovação em rede: boas práticas de gestão em NITs. São Paulo: PCN Comunicação, 2017.

YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 5 ed. Porto Alegre: Bookman, 2015.

ZEMAITIS, E. Knowledge management in open innovation paradigm context: high tech sector perspective. Procedia – Social and Behavioral Sciences, v. 110, p. 164-73, 2014.

Downloads

Publicado

16.11.2022

Como Citar

Aihara, C. H., Gaspar, M. A., Martins, F. S., & Vilha, A. M. (2022). GESTÃO DO CONHECIMENTO EM ACELERADORAS DE STARTUPS: ESTUDO DE PROCESSOS, PRÁTICAS E FERRAMENTAS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO UTILIZADAS NO BRASIL. Revista Brasileira De Gestão E Desenvolvimento Regional, 18(3). https://doi.org/10.54399/rbgdr.v18i3.5646

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)