AGRICULTURA FAMILIAR E TRANSFORMAÇÕES PRODUTIVAS: UMA ANÁLISE DO BRASIL E REGIÃO SUL
DOI:
https://doi.org/10.54399/rbgdr.v21i3.8160Palavras-chave:
Reprimarização. Uso da terra. Estrutura fundiária. Alimentação. Transformações produtivas.Resumo
A presente pesquisa teve por objetivo interpretar qual o sentido das transformações observadas na produção agrícola no Brasil e na Região Sul, comparativamente às mudanças ocorridas na agricultura familiar, considerando as culturas de arroz, feijão, mandioca, milho e soja, no período de 1982 a 2022. Para isso, procedeu-se ao levantamento de dados referente ao período de estudo, levando em conta a área plantada e a produção das culturas selecionadas a partir da Pesquisa Agrícola Municipal (PAM) e dos Censos Agropecuários de 2006 e 2017, além de revisão bibliográfica. Os resultados mostram que o Brasil aumentou a produção de soja de 4,2% para 11,3%, de milho de 7,2% para 10,2%, enquanto os três produtos restantes, somados, reduziram sua representatividade de 12% para 2,9% no período investigado, tendência seguida pela agricultura da Região Sul, com exceção do arroz. Com relação à agricultura familiar, em ambas as escalas, observou-se redução na produção de todas as culturas analisadas, exceto da soja, que foi ampliada. Esses dados reforçam resultados de outras pesquisas, que apontam uma especialização crescente da agricultura brasileira na produção de commodities agrícolas, assim como certo afastamento dos agricultores familiares quanto ao seu papel histórico na produção de alimentos, fato relativamente novo. Essas substantivas transformações se desenvolvem no contexto da priorização das demandas do mercado internacional, em detrimento do mercado interno, num contexto de reprimarização da economia.
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